Tratado de Madri
TRATADO DE MADRI
A Linha de Tordesilhas nunca ficou bem definida para Portugal e Espanha. Tal imprecisão foi a causa de muitas guerras entre as duas coroas; era necessário substituir o meridiano de Tordesilhas por outro instrumento diplomático que desse exatidão aos limites ultramarinos.
Com o casamento do rei da Espanha com a princesa portuguesa e do rei de Portugal com a princesa espanhola, foi possível fazer um novo tratado entre as duas coroas. Em 1750, foi assinado o Tratado de Madri, na Espanha. Esse tratado, no Rio Grande do Sul, dizia que a Colônia do Sacramento seria entregue aos espanhóis e que os Sete Povos das Missões seriam entregues aos portugueses.
Pela primeira vez no mundo, foi feito um tratado em que foram adotados os limites naturais como fronteiras e em que cada coroa ficaria com o território que já tivesse ocupado.
À Espanha muito interessava esse tratado, porque o contrabando entre a Colônia do Sacramento e Buenos Aires provocava uma sangria nos cofres da coroa espanholas, pois as mercadorias saíam e entravam sem o pagamento dos impostos aos órgãos oficiais.
O Tratado de Madri determinava que os índios missioneiros deveriam abandonar suas reduções, podendo levar seu gado, o produto de suas lavouras e outros bens, evitando, assim, possíveis revoltas dos indígenas contra Portugal.
Para assegurar a posse dos Sete Povos, Portugal mandaria para lá casais açorianos para colonizar a região.